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Ghostbusters: Apocalipse de Gelo - DESNECESSÁRIO




O declínio criativo de Hollywood já é claro e nítido para que todos vejam, já não há novos filmes que se tornem tão marcantes ao longo do tempo como antigamente.


A nostalgia se tornou algo a ser explorado, já que mexe com o emocional das pessoas, e isto funcionou por alguns anos, filmes como Rocky, Top Gun Maverick e Ghostbusters After life (Além da Vida) são exemplos que deram certo, afinal, é uma sensação fantástica ver aquele mesmo ator reprisar o mesmo papel tantos anos depois.


Mas, quando esta estratégia é utilizada a exaustão, esta magia, esta maravilhosa sensação de nostalgia se perde, e o que era para ser um evento memorável passa a ser algo comum.


Foi exatamente isto que aconteceu com Ghostbuster: Império Congelado. O que me encantou em After Life se perdeu completamente em Império Congelado.

A gostosa sensação de ver a continuidade da história do filme de 1984, com todos os easter eggs, já não produz o mesmo resultado neste novo filme.

O elenco infantil que rouba a cena no filme anterior já não brilha tão intensamente, a começar pela personagem Febe Spengler (Mackenna Grace).

De uma garota nerd e meiga que é incompreendia passou a ser uma “aborrecente” chata que se acha a dona do mundo e da verdade, somente ela está certa, e todos envolta dela não conseguem ver como estão errados e ela quer a todo momento provar isto. E isto é um problema, já que o fio condutor do roteiro é todo baseado nela, tornando o restante do elenco apenas como apoio, e incluo nisto os mesmos personagens que foram tão importantes no filme anterior (Trevo – Finn Wolfhard, Podcast - Logan Kim e Gary – Paul Rudd).


O vilão, apesar de ser de fato assustador, tem uma motivação clichê, e que não chega perto de salvar as quase duas horas dedicadas para assisti ao filme.

O roteiro é vazio de emoção e cheio de conveniências, que torna o filme um tanto quanto monótono. Não foram poucas às vezes em que me vi revirando os olhos e checando o relógio na sala de cinema.


Nem mesmo o retorno do elenco original (Bill Murray, Dan Aykroyd, Ernie Hudson e Annie Potts – que finalmente veste o uniforme), ou as cenas com o Ecto-1 percorrendo novamente a cidade de Nova York, ou a reaparição do primeiro fantasma da franquia, nem mesmo o retorno do icônico prédio do corpo de bombeiros é suficiente para causar o mesmo efeito do filme anterior.


Você pode pensar que estou sendo muito duro com o filme, e pode ser que eu realmente esteja sendo, mas, quando você vem de uma experiência que beira a perfeição de After Life, Ghostbuster: Império Congelado deixa um sabor amargo, já que é inevitável esta comparação.


Em resumo, acho que este filme não tem sentido de existência,  como disse no início, é preciso ter muito cuidado quando se trabalha com sequências legadas, pois, o que deixam elas tão especiais é fator nostalgia, algo que uma sequência de uma sequência legada não tem.

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1 comentario


Por se tratar de um filme com tanto legado, deu muito a sensação de que tudo estava lá só por estar, tipo, tudo que vemos poderia ser carregado de emoção, (como em homem aranha - sem volta p casa), óbvio que sem o mesmo peso, mas, colocaram os atores e o prédio dos bombeiros por exemplo só por colocar, não deram o brilho que merecia, então ficou bem "nhé" o filme no geral.

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