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Anderson Proença

GLADIADOR 2 – CRÍTICA (SEM SPOILER)

"Força e Honra" Maximus Decimus Meridius

Em 2000 fomos apresentados ao filme Gladiador dirigido por Ridley Scott, um épico que certamente ecoará na historia do cinema, e nele conhecemos Maximus Decimus Meridius é um poderoso general romano, amado pelo povo e pelo imperador Marcus Aurelius. Antes de sua morte, o Imperador desperta a ira de seu filho Commodus ao tornar pública a sua predileção em deixar o trono para Maximus. Sedento pelo poder, Commodus mata seu pai, assume a coroa e ordena a morte de Maximus, que consegue fugir antes de ser pego, e passa a se esconder como um escravo e gladiador enquanto vai atrás de vingança.


Esse filme foi aclamado pela crítica e público e consequentemente recebeu vários prêmios e entre seus principais foram; Oscar de Melhor Filme, Oscar de Melhor Ator para Russell Crowe, Oscar de Melhores Efeitos Visuais, Oscar de Melhor Figurino, Oscar de Melhor Mixagem de Som, BAFTA de Cinema: Melhor Fotografia, BAFTA de Cinema: Melhor Montagem, Globo de Ouro: Melhor Filme Dramático e Globo de Ouro: Melhor Trilha Sonora Original.

Durante muitos anos se sondava uma possível continuação, e a pergunta era como fazer isso se o protagonista morre no final. E a ideias mais absurdas vieram a tona como por exemplo que Maximus seria ressuscitado como um instrumento dos deuses romanos enviado contra Jesus Cristo, e isso deixou os fãs do filme doido e de certa forma muito desacreditados com esse vindouro projeto.


 Depois de 24 anos de espera e tentativas de realizar esse projeto com vários roteiros recusados, o diretor Ridley Scott consegue então realizar Gladiador 2 que continua a saga épica de poder, intriga e vingança ambientada na Roma Antiga. 20 anos depois de testemunhar a morte do venerado herói Maximus nas mãos de seu tio, Lucius é forçado a entrar no Coliseu depois que seu lar é conquistado pelos imperadores tirânicos que agora comandam Roma com mão de ferro. Com a raiva em seu coração e o futuro do Império em jogo, Lucius deve olhar para o seu passado para encontrar força e honra para devolver a glória de Roma ao seu povo.

O diretor Ridley Scott gosta de fazer filmes grandiosos, e nem sempre acerta, mas uma coisas é correta, que mesmo nos seus trabalhos mais fracos a escala é sempre épica visualmente falando, e Gladiador 2 na questão técnica não perde em nada para o primeiro filme, todas batalhas desse filme são excelentes explorando muito bem a coreografia da ação e todos os novos desafios criados nos embates na arena são surpreendentes, ao ponto de se questionar se o que vemos era possível de ser realizado naquele época.


Outro destaque é o ator Paul Mescal interprete do personagem Lucius que manda muito bem como novo gladiador desempenhando bem a parte física e dramática do personagem, já na questão do carisma não chega nem aos pés do Russell Crowe no Maximus, outro que não compromete é o ator Pedro Pascal interprete do personagem Marcus Acacius, que tinha um potencial grande para trama, mas confesso que fiquei meio frustrado pôs esperava um pouco mais do seu personagem.


Já o ator Denzel Washington interprete do personagem Macrinus, tem um grande destaque não só pela sua excelente atuação (Sendo disparado o melhor personagem do filme) chegando em vários momentos a protagonizar a trama,

tendo um arco bem interessante mostrando toda sua expertise pra sua escalada de poder em Roma.

Mas o filme tem alguns defeitos que me incomodaram, uma deles é o quanto ele se escora no filme anterior ao ponto de quase parecer um remake em algumas ideias que ele propõe, e em vários momentos colocam cenas do filme original, meio que querendo te explicar a referência e tambem numa tentativa de te fisgar pela nostalgia.


 A falta de contextualização de como os irmãos Imperadores Geta e Caracalla chegaram ao poder, me fez pensar o que deu de tão errado para aquela Roma idealizada pelo Imperador Marcus Aurelius não se concretizar, mesmo com a morte e o legado deixado por Maximus.


Acredito que deveriam ter gasto um pouco mais tempo e ter mais paciência para o desenvolvimento das motivações de alguns personagens importantes, como por exemplo quando Lucius Verus se torna o gladiador e começa a liderar a galera que segue com ele nos duelos, no filme original isso é melhor desenvolvido pelo simples fato de Maximus ser um general e já tinha esse espirito de liderança pela sua formação militar, ms como faltou isso em Lucius usaram muitas facilitações de roteiro pra ajudar a trama andar, resolvendo sem explicação algumas dessas questões do personagem.


Outra coisa que acho que realmente não precisava era o personagem Lucius ser filho de Maximus, pôs como vimos no filme Gladiador, o jovem Lucius já via o Maximus com olhar de bastante admiração, como uma criança que vê seu herói batalhando pela sua vida na arena e nós o público entenderíamos que todas as referências feitas em combate por Lucius não foram simples fanservices, e sim pelo fato que ele testemunhou isso nas batalhas de Maximus, e usaria como inspiração dando muito mais sentindo a celebre frase “O que nós fazemos na vida ecoa pela eternidade”.

No geral esse blockbuster (que é como eu o vejo e não como filme histórico) tem um saldo muito positivo entregando bem mais do que eu esperava, claro nunca acreditei que ele pudesse se igualar ou superar o primeiro filme, mas com algumas correções de ideias ele poderia ter chegado muito próximo.


Vale seu ingresso, e dê preferencia para assistir na melhor sala de cinema que tiver disponível.


EU RECOMENDO

NOTA: 7,6/10

 

Diz aí nos comentários.

Já viu o filme? Se gostou, mande suas impressões.

Espero que tenham gostado do conteúdo, deixa sua opinião.

Eu sou o Anderson Proença e até a próxima crítica.

 

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